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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

FUTEBOL NEGÓCIO, A TRANSFORMAÇÃO DE MENTALIDADES
Como foi referido num texto anterior, o futebol está a mudar.Os clubes locais, face à situação económica, deixaram de receber jovens atletas de forma totalmente gratuita. O futebol hoje não é para todos, é para alguns. E é baseado nesta nova realidade que lanço uma questão para debate. Em muitos dos clubes locais sempre se menosprezou o papel dos pais na formação dos jovens atletas. Esta talvez seja uma afirmação "forte", mas a verdade é que os pais foram/são afastados do dia a dia dos clubes, das decisões que se tomam, etc. Por outro lado os treinadores, em muitos casos, optam por uma postura pouco dialogante com os encarregados de educação, quiçá como maneira de defenderem o seu trabalho ou a sua posição. Contudo esta situação poderá ter de ser repensada e/ou alterada. A relação entre os clubes e os encarregados de educação dos atletas mudou. Ao "obrigarem" os encarregados de educação a comprarem os famosos "kits" de treino, ao exigirem-lhes uma mensalidade para que os jovens possam competir, estamos a entrar numa situação de prestação de serviços , Os encarregados de educação pagam por um serviço e os clubes têm de satisfazer os seus "clientes". Com tudo isto aquilo que pretendo deixar para reflexão é muito simples: os clubes têm hoje que saber integrar os encarregados de encarregados de educação na sua vida diária e na formação dos jovens atletas. Não podem desvalorizar o papel dos encarregados de educação sob risco de criarem insatisfação e perderem fontes de receita, pois os atletas mais do que representarem os clubes, são hoje fonte de receita desses mesmos clubes.
Por NÉLSON OLIVEIRA, in revista " futebolista" outubro 2008
NOTA: PENSEM E REFLITAM...

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